VIDA ÚTIL, MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO
Foco em fachadas revestidas com reboco e pintura
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A degradação das fachadas dos edifícios tem um impacto relevante na degradação das cidades e na qualidade de vida dos cidadãos. Os edifícios tendem a ser o bem mais valioso das pessoas, embora essas, em sua maioria, negligenciem a manutenção, assumindo, de forma equivocada, que a construção tem uma duração infinita. No entanto, tal como os seres vivos, os edifícios também “nascem”, “envelhecem” e “morrem”. É justamente para retardar essa morte que são pensadas as ações de manutenção que, infelizmente, continuam a inexistir, sendo, na prática, reativas, esporádicas ou não planejadas.
O presente livro busca mudar o panorama, após a análise de um conjunto de fachadas de edificações verticais na cidade de Porto Alegre, apresentando uma metodologia para quantificar e demonstrar o impacto das ações de manutenção em fachadas revestidas com reboco e pintura. Na prática, acaba também demonstrando o inverso: o quanto a falta de ações de manutenção impacta na vida útil das edificações.
Trata-se de trabalho escrito de maneira cuidadosa e sistemática que, na minha opinião, traz ao Brasil importantes debates que vêm sendo travados em âmbito mundial a respeito de questões extremamente atuais e úteis, como qual é a vida útil mínima, média e máxima com e sem ações de manutenção. Um trabalho que merece ser lido e debatido.
Ana Silva
Doutora em Engenharia Civil